Home » noticia » Assembleia discute estratégias contra cursos da saúde 100% a distância

Uma assembleia geral reuniu representantes de conselhos profissionais locais, no último dia 7, em torno da discussão sobre estratégias contra a oferta de cursos da área de saúde em modalidade integralmente por educação a distância (EAD). A reunião, de iniciativa do CREFITO-16, ocorreu no auditório de sua sede, no Executive Lake, no Jardim Renascença, e contou com profissionais das áreas de biomedicina, educação física, fonoaudiologia, odontologia e psicologia.

A pauta esteve em torno especificamente do Decreto nº 9.057/2017 — que trata da oferta de educação básica e superior na modalidade a distância — e da preocupação com a formação dos profissionais da área. A audiência teve início com a palavra do conselheiro do CREFITO-16, Dr. Abdiel Pereira Dias, que fez uma contextualização sobre os aspectos jurídicos e pedagógicos da modalidade e ressaltou a importância das comissões de educação das entidades. Frisou também a necessidade de um estudo técnico-pedagógico que respalde a atuação contrária ao ensino 100% EAD.
Já o presidente do CREFITO-16, Dr. Fernando Muniz comentou que uma formação de qualidade insatisfatória compromete a prestação de serviços à população. Para a diretora-secretária da instituição, Dra. Letícia Fröhlich Padilha, a mobilização da sociedade deve começar pelos estudantes, ao se apontar as deficiências dos cursos superiores de saúde inteiramente via educação a distância. Para isso, é fundamental que as entidades profissionais mantenham um discurso unificado contra medidas desta natureza.
Em seguida, foi a vez da coordenadora da Comissão de Educação do CREFITO-16, Dra. Ana Lourdes Avelar Nascimento, fazer algumas considerações sobre o cenário no Maranhão.
Representando o Conselho Regional de Psicologia do Maranhão (CRP-MA), a presidente da Comissão de Psicologia na Educação, Dra. Polliana Galvão, fez uma explanação sobre os prejuízos pedagógicos do ensino ofertado 100% em EAD em graduações na área da saúde, a exemplo do não desenvolvimento das competências de natureza psicomotoras. Do CRP-MA, também marcou presença a assessora jurídica, Aline Nesello, que abordou a necessidade de graduandos serem submetidos a exames para avaliação de conhecimentos nas respectivas áreas.
Pelos conselhos regionais de Educação Física e Fonoaudiologia, estiveram presentes Diogo Ferraz Oliveira e a Dra. Ana Karoline Furtado Dutra, respectivamente, que comentaram sobre a importância da fiscalização das entidades de classe e a preocupação com o desempenho de profissionais formados em cursos integralmente oferecidos a distância.
Por sua vez, o Dr. Marcos Pinheiro, do Conselho de Odontologia, apontou que as soluções estão nas leis e no trabalho junto aos parlamentares, a exemplo dos projetos de lei 5.414/2016 e 7.121/2017, contrários à EAD nos moldes abordados. Por último, o membro do Conselho de Biomedicina, Dr. Carlos André Ferreira Almeida, sugeriu uma audiência pública para discussão do tema, além de destacar a necessidade dos trabalhos de conscientização nas escolas e a fiscalização com objetivo de evitar fraudes de certificados.

 

CREFFITO 16

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