julho 23, 2021

ASSOBRAFIR divulga recomendações para avaliação e reabilitação pós-COVID 19

A Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR), através de um comunicado oficial, divulgou recomendações para avaliação e reabilitação pós-COVID-19. O documento por meio do qual foi divulgado o comunicado também tem como objetivo esclarecer quanto aos sintomas e sequelas que a doença pode desencadear.

No documento, foram apontados diversos fatores que podem surgir no Pós-COVID-19 dos sobreviventes da doença, como o risco de 59% maior de morrer até seis meses após a infecção. Sendo assim, é fundamental estabelecer uma compreensão adequada da fisiopatologia, do estado de saúde e das manifestações que estes indivíduos podem apresentar. A gravidade da sintomatologia também foi ressaltada, tendo aumento em pacientes Pós-COVID-19 que necessitaram de longa permanência em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está associada ao uso de ventilação mecânica invasiva (VMI), corticoides, sedativos bloqueadores neuromusculares, e está diretamente relacionada a redução da distância percorrida pelo teste de caminhada de 6 minutos, bem como a uma expressiva fraqueza muscular respiratória e periférica.

Ainda no comunicado, a ASSOBRAFIR esclareceu sobre a Síndrome Pós-COVID-19, que pode ser subdividida em duas categorias: a “Subaguda”, na qual os sintomas e as disfunções estão presentes de 4 a 12 semanas, e a “Crônica” em que sintomas persistem além das 12 semanas e não são atribuíveis a outros diagnósticos. Entre os sintomas e disfunções mais prevalentes destacam-se a fadiga, fraqueza muscular, dispneia, artralgia, dor torácica, tosse, disosmia, disgeusia, o sofrimento psicológico (como transtorno de estresse pós-traumático, ansiedade e depressão), o déficit de concentração, os distúrbios do sono e um declínio na qualidade de vida.

Os cuidados de acompanhamento precisam ser considerados para pacientes com alto risco para o desenvolvimento da Síndrome Pós-COVID-19, embora aqueles que tenham apresentado a forma leve da doença também podem apresentar tais sequelas. Enquadram-se neste perfil aqueles que tiveram doença grave e necessitaram de cuidados intensivos, bem como os que apresentam comorbidades ou são suscetíveis a complicações como, idosos, condições pós-transplante, pacientes oncológicos, presença de disfunção em múltiplos órgãos e em pacientes com sintomas persistentes. A identificação das principais características clínicas, sorológicas, de imagem epidemiológicas e funcionais da COVID-19 nas fases aguda, subaguda e crônica da doença, nos ajudará a compreender melhor a história natural e a fisiopatologia da Síndrome Pós-COVID-19.

Sobre a Avaliação das limitações na Síndrome Pós-COVID-19, a Associação explica que Existem inúmeros testes para avaliar cada uma das limitações funcionais Pós-COVID-19. As disfunções respiratórias podem ser avaliadas desde testes da força musculatura respiratória, níveis de oxigênio arterial (oximetria de pulso) e função ventilatória. A redução da força muscular pode ser avaliada por testes e equipamentos, porém existem questionários que podem auxiliar nesta avaliação. Existem também variações para análise da perda do equilíbrio e a diferença entre eles dependerá da amplitude de variações observadas por profissional e tempo disponível para realizá-las.

Outras informações podem ser obtidas através do conteúdo de COVID-19 da ASSOBRAFIR.