abril 2, 2020

Terapia Ocupacional no tratamento do autismo

No Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado hoje (2), o CREFITO-16 destaca a importância dos terapeutas ocupacionais para o desenvolvimento de pessoas diagnosticada com o transtorno do espectro autista (TEA). A Terapia Ocupacional é uma importante área que propõe intervenções bastante úteis para minimizar os sintomas típicos do autismo desde seu início, na infância, a demais fases da vida.

Devido aos novos métodos diagnósticos, o número de autistas está aumentando no nível global: a cada 160 crianças do planeta, uma apresenta o transtorno do espectro autista. Em nosso país, o número de casos de TEA também é elevado, pois 1% dos bebês brasileiros nascem com autismo.

Tendo isso em vista, a proposta deste artigo é mostrar como a terapia ocupacional contribui para o desenvolvimento das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo melhore o seu desenvolvimento.

O terapeuta ocupacional — como é chamado o especialista nesse campo de atuação — prioriza medidas de prevenção com base no desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos que são aplicados de acordo com a necessidade de cada indivíduo.

Os profissionais de T.O. avaliam as melhores alternativas e empregam diferentes  atividades de trabalho com vistas à evolução do tratamento dos distúrbios físicos, mentais ou dos quadros associados a problemas sociais ou emocionais.

Nesse método de intervenção, o tearapeuta ocupacional utiliza tecnologias e atividades diversas que objetivam a promoção da autonomia dos pacientes que necessitam melhorar a  adaptação à vida social. Em adultos, a maior parte desse problemas são decorrentes de doenças físicas, mentais ou emocionais que não foram adequadamente tratadas. 

Já para o autista, o terapeuta ocupacional elabora planos específicos de adaptação e busca desenvolver no paciente a autoconfiança necessária para reduzir os impactos característicos do TEA.

O objetivo é ampliar as possibilidades de desenvolver os recursos necessários para tornar o cotidiano desses pacientes mais tranquilo e saudável. Desse modo, estimular condições de bem-estar e de autonomia são aspectos que contribuem positivamente para a qualidade de vida e saúde dos portadores de TEA.

Qual o papel da terapia ocupacional na inclusão social do autista?

A inclusão social do autista é um tema que vem ganhando espaço, mas que ainda é considerado um grande desafio, sobretudo para a área de Educação. No Brasil, o número de portadores do (TEA) matriculados em classes comuns aumentou 37,27% em apenas um ano.

Nesse contexto, a terapia ocupacional trabalha no reforço dos comportamentos positivos a fim de integrar a criança autista à realidade do seu espaço de convivência. Jéssica defende que “a terapia ocupacional contribui mais porque ela pode atingir qualquer campo de atividade.”

Na prática, as metas são criadas conforme a necessidade da criança: “se o autista tem problema na interação social, a terapia trabalha isso. Se há falhas na coordenação psicomotora, também é possível propor soluções.”

Por meio dessas intervenções profissionais promove-se novos hábitos e a redução de comportamentos prejudiciais como agressões, estereotipias, autolesões, agressões verbais e outros. Priorizar essas medidas preventivas é fundamental à inclusão social do portador de TEA.

A terapia ocupacional consegue, pois, atingir todos os campos dos problemas do autista e trabalhar com atividades específicas para alcançar esses objetivos. O grande desafio é promover habilidades necessárias para que o autista consiga adquirir autonomia e desfrutar da melhor qualidade de vida possível.

Texto com informações: https://hospitalsantamonica.com.br/