Home » noticia » CREFITO 16 se posiciona contra a forma EaD para graduação em fisioterapia

Em parceria com o COFFITO que no último mês de fevereiro divulgou um parecer com posicionamento contrário à abertura e à prática de EaD para a Fisioterapia, o CREFITO 16 resolveu também entrar neste debate sobre o combate à formação de Fisioterapeutas pelo chamado ensino à distância. O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Maranhão ressalta a importância do contato com os pacientes, que deve permear a formação profissional.

“A Fisioterapia exige habilidades teórico-práticas que não podem ser desenvolvidas sem o contato direto com o ser humano”, afirma o Presidente do CREFITO 16, Dr. Fernando Muniz. “Estão formando profissionais precários que representam um risco à saúde coletiva e à segurança dos pacientes. É preciso questionar a quem interessa essa formação”, destaca. Porém, é necessário exaltar que os instrumentos de ensino à distância, sejam na forma de emails, telefonemas, sites, vídeos, sons, ambientes virtuais, blogs etc., também podem e devem ser usados, mas como forma de complementar uma graduação presencial e não substituir a mesma.

O EaD apresenta vários problemas de ordem acadêmica e social. Entre eles, estão a quase inexistência da possibilidade de programas de iniciação científica e a falta de perspectiva de prosseguir os estudos em nível de pós-graduação. “No EaD, muito provavelmente os estudantes também não terão acesso fácil a boas bibliotecas nem ao necessário contato pessoal com outros estudantes e professores da mesma área e, muito menos, com estudantes e professores de áreas diferentes (ao frequentarem disciplinas optativas ou encontrá-los nos espaços comuns, por exemplo), coisas fundamentais e uma das características essenciais das universidades”, pontua o Dr. Fernando Muniz. Sendo assim, adotar o método como substituto do ensino presencial poderá comprometer gravemente a qualidade da formação dos profissionais de que o país precisa.

É válido ressaltar que diversos países que usam o ensino à distância atualmente, o fazem em proporções muito inferiores ao que está acontecendo no Brasil e direcionam essa fórmula àqueles que realmente não podem ter acesso a educação presencial, como prisioneiros, pessoas impossibilitadas de locomoção, aqueles que trabalham em tempo integral (estes últimos, sobretudo nos países e em cursos nos quais a educação superior é exclusivamente, ou quase exclusivamente, em tempo integral), militares engajados, entre outros. “Adotar o EaD no Brasil como substituto do ensino presencial poderá comprometer gravemente a qualidade da formação dos profissionais de que o país precisa e nós precisamos lutar para reverter essa situação”, finaliza o Presidente do CREFITO 16.

CAPA-FACE-EAD

CREFFITO 16

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