O Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional Maranhão (CREFITO-16) por meio de um ofício encaminhado ao Ministério Público, solicitou providências para a situação da Terapia Ocupacional em Imperatriz. O documento é resultado de reunião de trabalho entre o Conselho, acadêmicos de Terapia Ocupacional e a Promotoria de Justiça de Imperatriz durante a qual foram debatidos os principais problemas relacionados à profissão.

Um dos pontos de preocupação do Conselho é a suspensão do Curso de Terapia Ocupacional oferecido pela FACIMP – única instituição de Imperatriz com graduação na área – que alega falta de procura pela área. Estão matriculados e cursando atualmente 18 alunos, distribuídos no 5º, 4º e 3º períodos. Não há alunos hoje no 1º e 2º períodos, pois não houve matrículas. Os alunos matriculados querem a manutenção do curso e para isso contam com apoio do CREFITO-16, que deslocou, em junho, a sua vice-presidente, Dra. Márcia Rodrigues, e sua conselheira Angela Cecim para a cidade a fim de debater a situação.

No ofício, o Conselho requer a intervenção do Ministério Público para assegurar o direito desses alunos, que estão sendo feridos nas esferas da Saúde e da Educação. “Assim como o direito da Sociedade Imperatrizense de dispor deste serviço essencial prestado pelos Terapeutas Ocupacionais, que podem atuar nas áreas da Saúde, Educação, Assistência Social, Cultura e Lazer e nos ambientes Hospitalares, Ambulatoriais, Comunitários, Clínicas e Consultório”, diz o documento.

O Conselho relata, ainda, sobre o déficit de Terapeutas Ocupacionais em Imperatriz. De acordo com o último censo do IBGE de 2010, Imperatriz tem uma população de 247.505 habitantes, sendo necessário um Terapeuta Ocupacional para cada mil habitantes, como recomenda a Organização Mundial da Saúde. No entanto, a cidade conta com 14 profissionais Terapeutas Ocupacionais registrados CREFITO-16, distribuídos em serviços públicos e privados, o que resulta em um Terapeuta Ocupacional para cada 19 mil pessoas.